segunda-feira, 25 de junho de 2012

Conto: Era uma vez sonhos


Era uma vez Sonhos
Finalmente os computadores chegaram à escola. Os alunos olhavam para eles com orgulho, curiosidade e respeito.
Naquela noite, Marilena foi dormir feliz. Muito romântica, sonhava com um príncipe encantado e, para ela, o computador era como um super-herói. Acreditava que ele transformaria sua vida.
"Mas como? Não entendo nada de computação..." — pensou, insegura. E, para espantar a preocupação, virou-se na cama.
De repente, ouviu um ruído estranho. Olhou para o canto do quarto e... iluminado por uma luz azulada, lá estava ele: o computador. Intrigada, a menina levantou-se, aproximou-se, pé ante pé, e qual não foi seu espanto quando surgiu na tela do monitor um jovem simpático que foi se apresentando:
— Oi, Marilena! Prazer, eu sou o S.O.
— Oi! — respondeu ela, bastante surpresa. E pensou: "S.O.? Só espero que não seja de Serapiano Osmundo..."
Como se tivesse adivinhado, o rapaz explicou:
— S.O., de "Sistema Operacional", viu? E foi você mesma quem me escolheu...
Sorrindo ao perceber o olhar de espanto da garota, S.O. completou: — ...para coordenar os trabalhos aqui.
A menina sorriu encabulada e tentou fingir que sabia da existência de outros "sistemas operacionais" e da possibilidade de escolher entre eles. Depois, resolveu confessar:
— É, é... que eu nunca tive um — gaguejou ela.
E comentou, preocupada:
— Computador... parece só para homem...
Aí foi a vez de S.O. ficar admirado:
— Para homem? Você nunca ouviu falar de Ada Lovelace? Em meados do século 19, Ada criou o primeiro programa de computador. Ela foi a primeira programadora do mundo!
— Nessa época já existia computador? — perguntou a menina, surpresa.
— Bem, computador, computador... — hesitou ele. — Os programas de Ada eram pra ser usados num avô dos micros... um precursor do computador, planejado por Charles Babbage, um matemático e cientista meio maluco.
E o rapaz acrescentou com um olhar sedutor:
— Dizem que eles eram apaixonados.
Para Marilena, descortinaram-se novas perspectivas.
E ela sorriu.
Conto de Edith Modesto,



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